quarta-feira, 29 de junho de 2016

Ela mudou! E foi pra melhor?

Muito se discute sobre a exposição feminina quando o assunto é comercial de cerveja. Já figuraram gostosas, peitudas, sambistas, bundudas, boas de copo e de perna e vozes com aquele tom masculino – típico de quem toma suplementos para malhar. Parecem realmente terem saído de academias ou de revistas de marombeiros.

Claro, em nada se parece com as belas, recatadas e do bar que batem ponto nos botecos da cidade. Mulher boa é aquela que escolhe ser o que quer e assume isso! Se encostar no balcão e pedir uma gelada com jeitinho ganha muitas madrugadas de azaração, papos políticos e confidências que só um bar permite.

Algumas geladas acertaram de bate e pronto no design e concepção dos rótulos. Olha só:
   



Já a Itaipava foi uma que mudou de cara recentemente. E tem explicação: quer ganhar mais espaço no mercado. Na última edição da pesquisa Top of Mind, anunciada em julho de 2015, a marca conquistou o terceiro lugar entre as cervejas mais lembradas pelos consumidores.


Enquanto aqui no Rio as artesanais ganham cada vez mais espaço, a Itaipava avança no Nordeste. Por lá, a marca chegou em 2012 e é a mais vendida em diversos estados. A meta é que até o fim deste ano, todo o Brasil conheça a nova embalagem. 






segunda-feira, 27 de junho de 2016

TOP 5: lugares para ouvir, dançar e chorar ouvindo jazz



O jazz já embalou muitas noites de amor minhas, mas poderia ter sido a trilha sonora de algumas brigas também. É clássico, sensual e melancólico. Depende do dia. Depende da companhia. E do que te embala. Não à toa uma das minhas cervejas prediletas – no momento – é a Jazzy. Forte, com gengibre e servida num copo de respeito. Tudo que é bom: aquele prazer que dá no final – e que você re-al-men-te só se percebe quando acaba -, farta, robusta e de sabor inigualável. 

Meu Deus, como não escutar Nina Simone agora?
Sim, eu quero. E agora!


Se estiver no Rio de Janeiro, vá numa das dicas da Ju aqui e aproveite para ouvir, dançar ou chorar ouvindo jazz. 
É só escolher!


TribOz

Enquanto há música ao vivo, reina o silêncio. Na casa, todos são convidados a ficarem calados enquanto os músicos se apresentam. E a regra é levada a sério. O duo Alma Thomas e Trajano e Andrea Dutra dão expediente por lá com repertório de jazz e blues. A programação de quinta a sábado embala happy hours de forma elegante e descontraída.

Rua Conde de Lages, 19, Centro.
Telefone: 2210-0366 6h/1h
Couvert: R$ 15,00 a R$ 30,00

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Il Piccolo Caffè Biergarten

Um ambiente aberto nos fundos do bar e uma carta que gira em torno de 100 rótulos de cerveja. As quartas-feiras são dedicadas ao choro, as quintas-feiras são dias de bossa nova e MPB enquanto as sextas-feiras se alternam com samba, bossa nova, pop rock, MPB e jazz.

Rua dos Inválidos, 135, Centro
Telefone: 2509-0682
Couvert art.: R$ 10,00 às quartas-feiras 

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Bar do Marcô

Um casarão rústico e charmoso em Santa Teresa, que ainda mantém o ventilador de teto. A peça está lá quase que por enfeite, já que no verão carioca o ar-condicionado da casa não desliga. A música cria um ambiente agradável às refeições. Na sexta, acontece o show de bossa nossa e jazz.

Rua Almirante Alexandrino, 412, Santa Teresa.
Telefone: 2531-8787
Couvert: R$ 10,00

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Charleston Bubble Lounge
O estilo clássico do salão remete aos anos 20. À noite o lustre impera no ambiente mais escuro. A programação inclui jazz nas quartas-feiras e chorinho nas quintas.

Rua Rodolfo Dantas, 16, loja B, Copacabana.
Telefone: 3795-3158
Couvert: R$ 18,00

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Dry Martini Rio
Tem em Madri, Barcelona, Cingapura e Londres, mas só o Rio de Janeiro possui cardápio de caipirinhas. Um adendo especial: às sextas-feiras tem jazz ao vivo a partir das 21h.

Avenida Niemeyer, 121 (Sheraton Hotel), Leblon.
Telefone: 2529-1289
Couvert: não é cobrado.
  


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Mise en place



Mise en place


Chega.
Oi, tudo bem? Senta.
Recebe cardápio.
Coloca guardanapo no colo.
Celular é o terceiro garfo.
Pede. Escolhe o vinho.
Cheira. Gira em arco.
Aprova?
Ok.
Fo-to.
Post-ta.
Pensa na luz. Dispensa entrada.
Vem o principal.
Olha. Olha de novo. Pensa no ângulo.
Perfeito.
Pera. De cima. De lado.
Ajeita as sombras.
Contraste.
Corta. Vai à boca.
Pausa.
Fo-to.
Comenta o sal.
Gostou?
Acessa.
Comenta, cheira, come, sente, come, harmoniza.
Pode retirar, por favor.
Carta nova?
Doces!
Fo-to.
Pos-ta.
Co-men-ta.
Colher chega devagar.
Degusta.
Brinca.
Engole.
Ri. Elogia. Ri de novo.
Pergunta. Agradece.
Café?
Dois, por favor.
Lin-do.
Fo-to.
Cre-mo-so.
Hum... quen-ti-nho.
Hashtag.
Pos-ta.
Obrigada, chef.
Obrigada, garçom.
Obrigada, cumin.
Volta.
Selfie.
Até a próxima.



terça-feira, 21 de junho de 2016

O amor cega

 
O amor cega

O amor cega.

Já o meu, na contramão, tece e mantém os olhos bem abertos. Eu o vi e reconheci. Sabia que ali morava a troca, as realizações, os aprendizados e as carências. Ali estava meu melhor companheiro.

Olha, mas olha mesmo! Aqui, já tão perto, está minha paixão.

Mais que carinho, afinidade, gostos similares... meus olhos não viram um namorado, nem um melhor amigo. Embora não seja fácil achar um bom parceiro de viagem, mas esse seria mais. Guardávamos já muitas historias em terras distantes e emoções tão fortes quanto por aqui.

E o sentimento eu acertei logo de cara. Ora, diriam os tolos, como sabe?

Eu sei! E isso basta!

Mentia.

Eu sei por associação. Sei porque já senti, porque já vivi , porque já amei.

Ao contrario da primeira vez, meu amor foi à primeira vista. Eu, boba, desacreditava desse jeito romântico de conduzir e explicar as coisas. Enganei a mim mesma.

Meus olhos viram! E gostaram rapidamente do que estava à frente. E, digo mais, gostaram tanto que nunca mais se atreveram a tirar de você.


No fim, eu aprendi que o que meus olhos veem, o meu corpo sente inteiro sente instintiva e imediatamente. 



terça-feira, 14 de junho de 2016

Entre coordenadas e liberdades



Entre coordenadas e liberdades

Já estava quase indo embora”... sim, essas foram as primeiras palavras – austeras – que pronunciei para o Felipe. Ele tinha demorado muito – ok, dez minutinhos além do combinado – e eu já estava de saco cheio de esperar. Ele deve ter me achado ou maluca ou cheia de atitude, já que nos papos pela internet eu não tinha mostrado as garras.
Não me lembro do que ele disse, mas de qualquer forma, contornou bem a situação. 

Fomos andando sem muitas palavras e nos sentamos do lado de fora de um bar que outrora foi refúgio meu e de outros pares.

Hora de ressignificar!

Conversamos sobre a vida, sobre o filho dele, sobre as viagens, nas furadas que nos metemos em viagens, o que eu teria feito se fosse ele e o que ele fez sendo ele mesmo. No final, acertamos os signos e ascendentes e nos beijamos. Felipe só faltou ser condescendente com sua lua em leão, o que de longe não é o meu forte.

Marcamos o segundo encontro. Eu não estava animada, muito menos curiosa. O que me encorajava no início não fez nem cosquinha dessa vez. Afinal, o inesperado, a expectativa e o desconhecido é o que me moviam na noite em que nos conhecemos. Parece que tudo já perdera a graça.

Mas, dei a oportunidade.

Felipe passou às oito horas para me resgatar de um aniversário de uma amiga. O clima estava bom e, por um momento, pensei em dar o bolo no gatinho. Mas, tamanha era a vontade dele em me ver... que resolvi respeitar o moço. Me aguardavam um beijo e um abraço daqueles difíceis de desgarrar. 

Gostoso. 

E assustador.

Sufocante.

E ameaçador.

Deu medo do futuro e um filme passou pela minha cabeça. O dominador leonino intimidaria toda e qualquer liberdade da mulher taurina.

Criei meiguice.

E criei dissimulações.

Vieram fraudes.

E choveram pretextos.

Ao fim, criaram-se feras.


E desenvolvi asas.