terça-feira, 2 de agosto de 2016

Como beber cachaça: confira o guia do mestre!

 
O dia em que aprendi a beber cachaça está marcado. Numa esquina movimentada da Tijuca, mais precisamente na General Espirito Santo Cardoso com a Rua Uruguai. Ali está Toninho e seu Bar do Momo, que entre uma golada e outra da turma agrada nossos paladares com o que há de bom, muito bom, em se tratando de comida de boteco. Até o jiló eu já provei lá – e aprovei, diga-se de passagem.  

O começo de noite e a mesa perto do balcão fizeram a diferença. Meio da semana e todos agindo como sexta fosse. As mesas se apertavam entre o vai-e-vem da cozinha e dos frequentadores. Comecei pela moela – um capítulo à parte preparado por Paulette (chef do Colarinho Branco, em Nova Iguaçu) - e adentrei na dobradinha só pra fazer diferente. Esse preparo nunca foi um dos meus preferidos, mas curiosa que sou dei uma oportunidade. Por surpresa, veio acompanhada de purê de feijão branco.

Numa mesa próxima, um grupo animado ria e se divertia bebendo, tcharam, cachaça! Não à toa: cada prato era harmonizado com uma marvada. O povo era de respeito! Eu é que sou mocinha para destilados. Mas nada que a vida não faça mudar, não é?

Até que Manoel Agostinho Lima Novo chega a nossa mesa com uma garrafa e uma disposição para ensinar as duas damas a beberem cachaça.  Ele é consultor de cachaças e oferece palestras, cursos e bate-papos informais sobre o assunto aqui no Brasil e no exterior – Itália é um dos países que ele já passou graças sua expertise. Agostinho também é autor do livro ‘Viagem ao Mundo da Cachaça’. Com tudo isso, ele nos emprestou alguns minutos e as dicas sensoriais para degustar devidamente a tão falada aguardente.

Vamos lá!
  1. Limpe bem o copo e bocheche com água antes de qualquer coisa. Impurezas, caiam fora!
  2. O visual: rodando o copo e deixando que a bebida vá até a borda e lacrimeje, é possível perceber de cara se ela é aguada ou forte. Fique com as que choram devagar, são as mais concentradas e que não levaram dose extra de H2O.
  3. O cheiro: se for acentuado o cheiro de álcool, convém dispensar. Eu prefiro as amadeiradas. É pá-pum: dá pra saber assim que se chega perto.
  4. Depois desse ritual é hora de... não, pera. Não se engane. Não vá bebendo assim rápido demais ou dando biquinhos no copo. Vêm mais ritos por aí! Segundo Agostinho, você só está preparado para sentir o  gosto verdadeiro da cachaça no terceiro gole.
  5. No primeiro, passe a bebida por toda a boca, até o céu. O ideal é que ela fique dormente. Ok, foi? Agora engula.
  6. O segundo passo é respirar fundo e expirar forte e, tão rapidamente, tomar um gole. Quanto mais ágil, melhor.
  7. O terceiro e último estágio é degustar. Agora sim suas papilas gustativas estão prontas para receber uma bebida tão criteriosa.



segunda-feira, 25 de julho de 2016

Se atire e flutue


Abra suas asas
Eu quero voar
Tiro o pé do chão?
Me ensina?

Solte suas feras
E me mostra a taurina
Que habita em você
Chama a lasciva

Caia na guandaia
E liberte a leoa
E escancara!
Grite pela liberdade

Entre nessa festa
Já me joguei
Agora só falta cair
E reaprender a voar.



quarta-feira, 20 de julho de 2016

‘Um Dia Perfeito’ é aquele com Benicio del Toro à frente

 
Nem tudo o que parece é verdade. Aviso logo: alerta spoiler!

Mas, uma coisa é certa, assista! Porque a fotografia é bárbara; nada sai do lugar. Nenhuma luz nem ângulo foram escolhidos à toa. Tudo faz sentido e uma das coisas mais belas do filme é quando não há diálogo, nas cenas em que o grupo humanitário percorre caminhos ermos durante a guerra. Acompanha uma trilha sonora primorosa que eleva o rock à batida angustiante e cadenciada e, sim, é impossível, mesmo nos momentos tensos, não perceber sua batida.

O longa, exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes 2015, é dirigido por Fernando León de Aranoa e estreia na quinta-feira, dia 21 de julho.

Vamos aos fatos:

1 – O título é uma bela de uma ironia. Pense em situações que dão raiva justamente porque só dão errado. Pois é, é a guerra. E durante uma hora e meia você é lembrado disso constantemente.

2- O personagem de Tim Robbins, o veterano B, é um brincalhão. A vida dele é salvar pessoas e dar a elas um pouco de dignidade em épocas de conflitos. Lindo. Até que você percebe que atrás dessa solidariedade se encontra um cara completamente sozinho que esconde uma tristeza sem fim.

3 – Ele implica tanto com a novata Sophie, interpretada por Mélanie Thierry, que a todo momento eu imaginava Mambrú, o empoderado Benicio del Toro, vindo salvá-la. E, claro, formarem um belo casal. Balela. Ele se engraça com outra.

4 – Ou tenta. Não, melhor. Foge. Porque se a coisa fosse boa mesmo ele teria se rendido – novamente – aos encantos de Katya, vivida por Olga Kurylenko. Os dois tiveram um caso no passado e a tensão sexual fica no ar quase em todas as cenas que os dois estão juntos.

5 – Mas não rola nada. Pois é, esse não é um american movie. É muito melhor, queridos!! É um espanhol digno da safra de 2015.

6 – Nikola (Eldar Residovic) é um menino mimado que quer porque quer uma bola. Mas, poxa, o momento é de guerra, nos Balcãs de 1995 ainda por cima... tenhamos pena. Não só nós, Benicio del Toro também teve.

7 – Tanto que a tônica e todas as metáforas do filme tem como base a história do garoto. Brincadeiras à parte, é delicado e bonito sem ser piegas.

8 – Lá pelas tantas se consegue uma bola para a criança. Já falei que tem minas em todos os lugares e esse é um perigo iminente? Pois é. É daí para pior. Afinal, é a guerra. E a bola pula e a bola quica e a pula foge e a bola volta. Até que... não, nenhuma mina é detonada.

9 – Enquanto tudo isso acontece – tudo porque tem mais, muito mais, não contei nem a metade - o enredo principal se desenrola: o grupo está em busca de uma corda para tirar o defunto que foi jogado num poço e contaminou a água usada pelos moradores do vilarejo. Pois é, é a guerra.

10 – And the last, but not the least: lembra que falei da trilha sonora? Então, lá vai uma palinha. Procure no You Tube por Lou Reed e The Velvet Underground - There Is No Time e Venus in Furs, The Ramones - Pinhead, Gogol Bordello - East Infection  e Marilyn Manson - Sweet Dreams (Are Made of This), além de Where Have All the Flowers Gone na voz de Marlene Dietrich, que deixei aqui prontinho para você dar play.




***Todas as fotos são de divulgação da Esfera Filmes.




segunda-feira, 18 de julho de 2016

A mania da areia em ficar em mim


A menina já era bem grandinha para estar num carrinho sendo empurrada pela mãe. Ela até já comia o milho verde com as duas mãos e de boca fechada, assim como  manda a etiqueta. E esperava os pais acabarem de brigar enquanto comia. Alheia à cena, olhava o mendigo a menos de três passos e baixava o olhar. A cada mordida uma possibilidade de culpa. A cada mordida uma angústia. Era dela, afinal, e não dele. Eram mãe e pai dela, era o momento dela, o milho dela, o carrinho dela. E dele e para ele o que restava?

Num relance entrei no supermercado. Logo à frente desejei que a menininha mudasse o mundo. Ela já via e sentia tanta coisa mesmo sendo tão pequena.

Na fila do pão, a tristeza me consumiu. Tinha dado espaço para ela se materializar, mas as lágrimas teimam, elas têm as horas delas. A moça atrás de mim resmungava o tempo todo. Pensei que ela, sim, tinha a tristeza morando nela. Quando me virei, vi que não era tão moça assim. E me deu pena. Simplesmente porque o tempo não perdoa. E o dela estava escasso para mudar.

São cinco, por favor.

Obrigada, um bom dia!

O pão da tarde era só mais tarde. Então, decidi aplacar a fome com um suco. Parei num lugar novo – acabara de abrir. Ali funcionava a última locadora de Ipanema. Não tinha verão que o programa pós-praia  não passasse pela Super Vídeo. Sábado era sempre certo: pelo menos três filmes a tiracolo para assistir nos próximos dias.

Peguei o cardápio colorido e fui avisada que deveria ir ao caixa para fazer o pedido. Confesso que já me deu preguiça.

Um grande de abacaxi com coco, por favor.

Sem açúcar.

Recebi um quadrado que vibrava quando o pedido ficasse pronto. Mais preguiça ainda.

Tem a senha do wifi? Qual é, por favor?

Abriu hoje?

Ah... vai até uma da manhã... nossa! O povo da larica vai fazer fila aqui.

Ops, tremeu.

Lá vou eu.

Peguei. Bebi. E lá vai tudo pro lixo.

Para que tanta gente trabalhando se o atendimento é auto?

Se adapta ao american way of life, Juliana!


Cara, na boa, carioquices à parte, o que eu curto mesmo é o Arpoador!



quarta-feira, 13 de julho de 2016

Um recorte em poesia de Caio Fernando Abreu


Tudo é Caio e Caio é quase tudo
Dualidade
Num universo espiritual e mágico
Alquimia constante de corpo e espírito
Why to be normal?

Queimo incenso e espalho sal grosso por todos os cantos
Mergulho em coisas sem nem saber o porquê

Amar não tem remédio
Meus gestos são mansos e compassados

Sou guru, sou mestre
Trilhei o caminho esotérico para que não enlouquecesse

Deus é isso: peças que se juntam inexplicavelmente
E eu, magnetizo tudo no inconsciente
Até porque isso também é Deus

E a escrita, intuitiva
Não peço solução nenhuma, afinal
Quero a literatura como raio de sol!
Custa muita loucura, eu sei
Mas escrever é simultâneo ao pensar

Eu só sinto na medida em que amo
E uno pelo amor

Tenho mais de Cazuza e Rita Lee que de Guimarães Rosa
Nada que é humano me apavora
A ficção? É a biografia  do emocional

Esperança é uma palavra  tão bonita
Eu acredito no happy end
Feliz é uma palavra ambígua
Eu gosto de estar  vivo e isso é sinônimo de ser feliz



*inspirado na peça ‘Como Era Bonito Lá’, em cartaz no Sesc Copacabana em monólogo encenado por Nara Keiserman e direção de Demetrio Nicolau



domingo, 10 de julho de 2016

É pra comer ou pra beber?

Pode ser os dois?

Ok, pode!


A modinha das cervejas especiais formou uma dupla e tanto com os hambúrgueres. Muitos preparados com blends diferenciados e que fogem do já conhecido filé mignon. Mas, melhor que acompanhar com a gelada, é preparar com a amarguinha. O gosto ganha um sabor diferenciado, sim. Por isso, resolvi fazer um roteiro de onde comer bem e combinar a cerva na medida certa. E detalhe: não é só sanduíche, não... você vai se surpreender!

O sanduíche de costela desfiada e cozida no chope lager da casa é servido com molho pesto de agrião e montado no pão de batata. A invenção é da chef Aline Tavares.

Onde encontro? No Caverna!
Mas... onde é? Rua Assis Bueno, 26 – Botafogo.
Custa quanto? R$ 30
Que foto linda! É de quem? Tomas Rangel


O Chapa Quente é uma porção farta de linguiça pura de pernil. É grelhada na chapa e vem acompanhada de anéis de cebolas imersos num mix de farinha de trigo, ovos temperos e cerveja - uma pilsen que reforça o sabor do ingrediente principal. Para completar, tem mostarda escura à parte.

Onde encontro? No Enchendo Linguiça!
Mas... onde é? Avenida Engenheiro Richard, 2 - Grajaú.
Custa quanto? R$ 59
Que foto linda! É de quem? Daniella Duarte


Aqui o negócio é profissional. Veja só: meatballs de angus em redução de Rauchbier. Sim, o que já é bom pode ficar ainda melhor. As bolinhas de carde são bem picantes – cuidado!

Onde encontro? No Pub Escondido!
Mas... onde é? Rua Aires Saldanha 98- Copacabana
Custa quanto? R$ 37,50
Que foto linda! É de quem? Armando Paiva

A tradicional receita belga ganha reforços. O carbonade flamande são cubos de carne cozidos lentamente em chope. Vem numa panelinha com vários tipos de queijos gratinados. E ainda tem pão de malte caseiro.

Onde encontro? No Botto Bar!
Mas... onde é? R. Barão de Iguatemi, 205 - Praca da Bandeira
Custa quanto? R$ 35

Brulee Embriagado! Meu Deus, com esse nome o que nos aguarda? Um crème brûlèe de doce de leite e cerveja bock. Prova e me diz, tá?

Onde encontro? No Calavera Kitchen & Bar!
Mas... onde é? Rua Capitão Salomão 14 loja C – Botafogo
Custa quanto? R$ 14
Que foto linda! É de quem? Virna Santolia

Os sticks de queijo coalho empanados com cerveja pilsen e farinha panko são de deixar qualquer um com água na boa. Para tudo e se joga! A entrada acompanha creme de goiabada e mel com pimenta.

Onde encontro? No Sobe!
Mas... onde é? Rua Pacheco Leão, n° 724 D - Jardim Botânico
Custa quanto? R$ 24,60 com seis unidade
Que foto linda! É de quem? Derek Mangabeira

Welsh rarebit é o nome do prato que você vê acima. São seis torradas temperadas com cebola ralada fina, cerveja e queijo derretido. É só ir no Café Carandaí, nos fundo da delicatessen charmosa de mesmo nome, e dar seu aval.

Onde encontro? Na Casa Carandaí!
Mas... onde é? Rua Lopes Quintas, 165 – Jardim Botânico
Custa quanto? R$ 24
Que foto linda! É de quem? Rodrigo Azevedo

O fish and chips é um filé de bacalhau empanado com a cerveja Brooklyn Lager! Se ela sozinha já é um capítulo à parte, imagina assim com peixe... hum...

Onde encontro? Na P.J. Clarke´s
Mas... onde é? Tem na Barra da Tijuca (Av. das Américas, 4666, Barrashopping -  Loja 246 AB – expansão) e no Leblon (Av. General San Martin, 1227)
Custa quanto? R$ 47

O fim fica por conta da sobremesa. Eu vou me despedir com o biermissú. Lembra do tiramissú, certo? Então, esse doce é uma versão do clássico com cerveja Colorado Demoiselle e flocos de chocolate meio amargo Callebaut. Agora, é só ajoelhar e rezar!

Onde encontro? Na Birreria Escondido CA!
Mas... onde é? Rua Voluntários da Pátria,  53 – Botafogo
Custa quanto? R$ 16,00
Que foto linda! É de quem? Rodrigo Azevedo



quarta-feira, 6 de julho de 2016

Dia do beijo e agradecimento a tão querida internet!


Hoje é o Dia do Beijo! Sim, a beijoca é comemorada aqui e no resto do mundo. Claro que a internet faz a minha - a sua e a deles também - vida mais feliz, selecionei algumas das piadas que estão sendo compartilhadas no Twitter.  

Como uma imagem vale mais que mil palavras, vamos a elas:











terça-feira, 5 de julho de 2016

Abre e fecha; fecha e abre


Abre e fecha; fecha e abre

Pizzaria Carioca da Gema fechando, Enchendo Linguiça com suas portas da Lapa abaixadas. Crise antes das Olimpíadas para alguns. E para outros chance de expansão. Vide o Galeto Sat's e o Botto Bar que vão abrir filiais em Botafogo. E o Colarinho, boteco das cervejas especiais do bairro, que adentra o imóvel coladinho nele.



segunda-feira, 4 de julho de 2016

Maria renasceu!

Poderia ter sido Berenice, mas foi Maria. A gravação do DVD do Arruda, que aconteceu nesse domingo, 3, elevou Maria Menezes. A cantora de 33 anos e já 19 de estrada começou o show ao lado da Tia Zezé. Uma bela homenagem à senhora que viu o grupo nascer e é uma das responsáveis pelo sucesso do pagode até então na Mangueira. Maria rendeu honraria logo no início e durante o show não se esqueceu dela, no cantinho de destaque do cenário.

 
Não poderia ter sido diferente, tudo tinha o clima do Arruda. Da favela a Zona Sul, visto nas pipas espalhadas pelo palco e na área vip do Clube Renascença ao figurino estiloso. O amarelo do vestido de Maria refletia as luzes do seu black; muito mais comercial inclusive. O tom foi perfeito do início ao fim. Quem viu a morena comandar rodas de samba ao lado de marmanjos e bambas já imaginava que esse dia chegaria. E chegou. Tem mais brilho, mais gesto, mais carão, mais presença.

A Berenice em questão, lembra dela? ‘É uma nega maneira lá de Mangueira, produto do morro, mulata tipo exportação’ e foi embalada pelos versos de Nego Josy e Armandinho do Cavaco. É daquelas músicas que gruda na cabeça e não solta mais. Mas pra que soltar, né? Se é boa, que fique.

Quando a personificação da mulata da Mangueira subiu no palco, só dava ela. Aprovada até pelas mulheres, que faziam coro no fim da primeira rodada: ‘uh, é Berenice’! Bonito de se ver.

Calma, que teve mais: Dudu Nobre, Toninho Geraes e André da Mata. Todos em duetos com Maria. Mas eu fico mesmo com a culpa usual: Menezes e Nego. Tem gente que se olha e já sabe o que o outro está pensando. Eles não. Eles não fazem esse estilo. Se comunicam por telepatia e já engatam o tom certo.



Ao Arruda, que a inspiração não cesse e que a união seja contagiante. Vida longa ao samba!

**fotos de Jordan Alves

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Ela mudou! E foi pra melhor?

Muito se discute sobre a exposição feminina quando o assunto é comercial de cerveja. Já figuraram gostosas, peitudas, sambistas, bundudas, boas de copo e de perna e vozes com aquele tom masculino – típico de quem toma suplementos para malhar. Parecem realmente terem saído de academias ou de revistas de marombeiros.

Claro, em nada se parece com as belas, recatadas e do bar que batem ponto nos botecos da cidade. Mulher boa é aquela que escolhe ser o que quer e assume isso! Se encostar no balcão e pedir uma gelada com jeitinho ganha muitas madrugadas de azaração, papos políticos e confidências que só um bar permite.

Algumas geladas acertaram de bate e pronto no design e concepção dos rótulos. Olha só:
   



Já a Itaipava foi uma que mudou de cara recentemente. E tem explicação: quer ganhar mais espaço no mercado. Na última edição da pesquisa Top of Mind, anunciada em julho de 2015, a marca conquistou o terceiro lugar entre as cervejas mais lembradas pelos consumidores.


Enquanto aqui no Rio as artesanais ganham cada vez mais espaço, a Itaipava avança no Nordeste. Por lá, a marca chegou em 2012 e é a mais vendida em diversos estados. A meta é que até o fim deste ano, todo o Brasil conheça a nova embalagem. 






segunda-feira, 27 de junho de 2016

TOP 5: lugares para ouvir, dançar e chorar ouvindo jazz



O jazz já embalou muitas noites de amor minhas, mas poderia ter sido a trilha sonora de algumas brigas também. É clássico, sensual e melancólico. Depende do dia. Depende da companhia. E do que te embala. Não à toa uma das minhas cervejas prediletas – no momento – é a Jazzy. Forte, com gengibre e servida num copo de respeito. Tudo que é bom: aquele prazer que dá no final – e que você re-al-men-te só se percebe quando acaba -, farta, robusta e de sabor inigualável. 

Meu Deus, como não escutar Nina Simone agora?
Sim, eu quero. E agora!


Se estiver no Rio de Janeiro, vá numa das dicas da Ju aqui e aproveite para ouvir, dançar ou chorar ouvindo jazz. 
É só escolher!


TribOz

Enquanto há música ao vivo, reina o silêncio. Na casa, todos são convidados a ficarem calados enquanto os músicos se apresentam. E a regra é levada a sério. O duo Alma Thomas e Trajano e Andrea Dutra dão expediente por lá com repertório de jazz e blues. A programação de quinta a sábado embala happy hours de forma elegante e descontraída.

Rua Conde de Lages, 19, Centro.
Telefone: 2210-0366 6h/1h
Couvert: R$ 15,00 a R$ 30,00

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Il Piccolo Caffè Biergarten

Um ambiente aberto nos fundos do bar e uma carta que gira em torno de 100 rótulos de cerveja. As quartas-feiras são dedicadas ao choro, as quintas-feiras são dias de bossa nova e MPB enquanto as sextas-feiras se alternam com samba, bossa nova, pop rock, MPB e jazz.

Rua dos Inválidos, 135, Centro
Telefone: 2509-0682
Couvert art.: R$ 10,00 às quartas-feiras 

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Bar do Marcô

Um casarão rústico e charmoso em Santa Teresa, que ainda mantém o ventilador de teto. A peça está lá quase que por enfeite, já que no verão carioca o ar-condicionado da casa não desliga. A música cria um ambiente agradável às refeições. Na sexta, acontece o show de bossa nossa e jazz.

Rua Almirante Alexandrino, 412, Santa Teresa.
Telefone: 2531-8787
Couvert: R$ 10,00

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Charleston Bubble Lounge
O estilo clássico do salão remete aos anos 20. À noite o lustre impera no ambiente mais escuro. A programação inclui jazz nas quartas-feiras e chorinho nas quintas.

Rua Rodolfo Dantas, 16, loja B, Copacabana.
Telefone: 3795-3158
Couvert: R$ 18,00

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Dry Martini Rio
Tem em Madri, Barcelona, Cingapura e Londres, mas só o Rio de Janeiro possui cardápio de caipirinhas. Um adendo especial: às sextas-feiras tem jazz ao vivo a partir das 21h.

Avenida Niemeyer, 121 (Sheraton Hotel), Leblon.
Telefone: 2529-1289
Couvert: não é cobrado.
  


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Mise en place



Mise en place


Chega.
Oi, tudo bem? Senta.
Recebe cardápio.
Coloca guardanapo no colo.
Celular é o terceiro garfo.
Pede. Escolhe o vinho.
Cheira. Gira em arco.
Aprova?
Ok.
Fo-to.
Post-ta.
Pensa na luz. Dispensa entrada.
Vem o principal.
Olha. Olha de novo. Pensa no ângulo.
Perfeito.
Pera. De cima. De lado.
Ajeita as sombras.
Contraste.
Corta. Vai à boca.
Pausa.
Fo-to.
Comenta o sal.
Gostou?
Acessa.
Comenta, cheira, come, sente, come, harmoniza.
Pode retirar, por favor.
Carta nova?
Doces!
Fo-to.
Pos-ta.
Co-men-ta.
Colher chega devagar.
Degusta.
Brinca.
Engole.
Ri. Elogia. Ri de novo.
Pergunta. Agradece.
Café?
Dois, por favor.
Lin-do.
Fo-to.
Cre-mo-so.
Hum... quen-ti-nho.
Hashtag.
Pos-ta.
Obrigada, chef.
Obrigada, garçom.
Obrigada, cumin.
Volta.
Selfie.
Até a próxima.



terça-feira, 21 de junho de 2016

O amor cega

 
O amor cega

O amor cega.

Já o meu, na contramão, tece e mantém os olhos bem abertos. Eu o vi e reconheci. Sabia que ali morava a troca, as realizações, os aprendizados e as carências. Ali estava meu melhor companheiro.

Olha, mas olha mesmo! Aqui, já tão perto, está minha paixão.

Mais que carinho, afinidade, gostos similares... meus olhos não viram um namorado, nem um melhor amigo. Embora não seja fácil achar um bom parceiro de viagem, mas esse seria mais. Guardávamos já muitas historias em terras distantes e emoções tão fortes quanto por aqui.

E o sentimento eu acertei logo de cara. Ora, diriam os tolos, como sabe?

Eu sei! E isso basta!

Mentia.

Eu sei por associação. Sei porque já senti, porque já vivi , porque já amei.

Ao contrario da primeira vez, meu amor foi à primeira vista. Eu, boba, desacreditava desse jeito romântico de conduzir e explicar as coisas. Enganei a mim mesma.

Meus olhos viram! E gostaram rapidamente do que estava à frente. E, digo mais, gostaram tanto que nunca mais se atreveram a tirar de você.


No fim, eu aprendi que o que meus olhos veem, o meu corpo sente inteiro sente instintiva e imediatamente.